sexta-feira, 14 de agosto de 2009

7 Dicas para não entrar no vermelho

1ª Dica: Anote todos os gastos ao longo do mês.

Esta é uma unanimidade entre os gurus do planejamento financeiro pessoal. Só sabendo exatamente em que se gasta é possível descobrir como o dinheiro vai embora tão facilmente da conta corrente. Muitas vezes a forma como as famílias gastam o dinheiro tem pouco a ver com o que realmente consideram importante. Mas elas não percebem isso porque não anotam todos os gastos. A orientação é que primeiro a pessoa faça uma estimativa, procurando colocar no papel tudo que gasta por mês. Depois, ao longo das semanas, anote todos os gastos, inclusive compras miúdas como chicletes e cafezinhos, pra fazer a comparação. Qualquer classe social tem pelo menos 10% de gordura nos gastos. É preciso descobrir em que se gasta antes de fazer cortes. Se não, se reduz despesas no desespero, perdendo qualidade de vida.

2ª Dica: Não subestime as pequenas despesas.

É a soma das compras pequenas, daquele dinheiro que parece que não vai fazer diferença no orçamento, que faz o consumidor pouco regrado perder o controle. A ente tende a pensas nas grandes quantias que despendemos, mas não as pequenas que fazem diferença para a conta entrar no vermelho. É mais fácil, na hora que projetamos mentalmente nossos gastos, lembrar das grandes despesas. Por isso, não são elas que nos fazem permitir excessos, mas as pequenas. Saber dar valor às pequenas quantias ajuda a cortar o supérfluo sem mudanças radicais de hábitos. Por exemplo, ninguém dá bola para o gasto de R$ 1,50 com seis pãezinhos. Mas ele significa R$ 45,00 por mês e R$ 540,00 por ano. Se, por dia, dois vão para o lixo, é melhor comprar apenas quatro pães e, no mês, economizar R$ 15,00.

3ª Dica: Pense duas vezes antes de comprar.

Resistir ao impulso de compra pode não ser fácil, mas o esforço costuma render bons resultados. Muitas vezes, só ligando para um amigo ou parente para comentar sobre o produto que viu, a pessoa já sacia a ansiedade de compra. Sugere-se que a pessoa sempre deixe a compra para o dia seguinte. Quem tem hábito de agir por impulso deve andar sem talão de cheques, cartão de crédito e com pouco dinheiro. O consumidor deve sempre pechinchar – primeiro com o vendedor e depois com o gerente da loja. E quando ele se definir pelo produto, antes de fazer a compra deve sair um pouco da loja, dizendo que já volta. É comprovado que uma saída destas derruba mais da metade das compras. Esse tipo de situação acontece pelo envolvimento com o vendedor, que seduz o comprador.

4ª Dica: Fuja das armadilhas dos cartões.

Os cartões de crédito e de lojas são os grandes vilões de quem quer manter um orçamento estável, porque facilitam o descontrole e o aumento de gastos. O consumidor tende a comprar 34% a mais com cartão do que se pagasse à vista. Só por aí se tem uma idéia do quanto ele é perigoso. Mas não é só uma questão de fortalecer o impulso de compra. Os juros altíssimos do crediário são um veneno para qualquer orçamento. Quem tem cartão deve checar toda semana seu extrato na internet. Também não há necessidade de ter mais de um para se usufruir dos benefícios que ele gera, como parcelar alguns produtos pelo mesmo preço que custam à vista.

5ª Dica: Troque a dívida cara por outra mais barata.

Se não é possível quitar dívida do cartão de crédito ou cheque especial, a melhor opção é trocá-la por outra menos danosa. Os especialistas sugerem o crédito consignado ou empréstimo pessoal como as melhores alternativas de troca, porque apesar de ainda cobrar juros, têm taxas menores e com uma despesa parcelada. Enquanto o cartão cobra juros em torno de 10% ao mês e o cheque especial 8%, sobre os empréstimos pessoais oferecidos pelos bancos incide uma taxa de 5%. Uma pessoa que tem uma conta de cartão de crédito de R$ 1.000,00, mas só dispõe de R$ 100,00 para pagar, mesmo que não gaste nada no mês seguinte continuará com a dívida inicial, considerando-se um juro de 11%. Se o devedor muda para o empréstimo pessoal e pegar o empréstimo de R$ 900,00, vai pagar 12 vezes de R$ 100,00, que é muito melhor que a situação anterior.

6ª Dica: Evite os parcelamentos muito longos.

Olhar o valor da parcela pode tornar uma compra desnecessária ou adiável muito atraente, mas não é a melhor medida a ser adotada para quem pretende ver o dinheiro sobrar. O fato de poder parcelar faz com que as pessoas juntem uma porção de prestações, consumindo além do necessário e comprometendo boa parte de seus ganhos. Fugir das parcelas também está entre as sugestões para não entrar no vermelho. As pessoas olham apenas se elas cabem no orçamento mensal, mas não calculam o prejuízo que estão tendo por não juntarem o dinheiro para pagar à vista. Somente bens indispensáveis e aqueles que tem um bom preço à vista e o mesmo valor a prazo merecem ficar fora desta regra.

7ª Dica: Poupe um pouco todos os meses.

Quanto lembrar de poupar é difícil, além de colocar uma reserva de dinheiro como regra no orçamento do mês, o melhor é transformá-la em uma espécie de despesa. Os bancos oferecem alternativas como previdência privada e depósitos programados em poupança e fundos de investimento. Assim, o dinheiro sai da conta corrente antes que o titular tenha tempo de pensar em gastar. As sugestões de quanto do orçamento deve ser guardado para uma poupança de emergência variam conforme o especialista. A mais citada é 10% da renda mensal. Para um casal que logo no início do casamento começa a poupar, 10% é suficiente. Quem começa depois de 10 anos deve poupar 20%. Após 20 anos, a reserva deve ser de 30%. É o dinheiro que vai ajudar na compra da casa própria, na faculdade dos filhos ou no pé-de-meia para a aposentadoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário